quarta-feira, 18 de junho de 2008

KUSURI - Campo de Vento Cortante

Dois meses. Estamos na madrugada de 18 de Setembro de 2008, 03:03.
E estarei sempre semeando e ceifando alguma vasta bobagem aqui.
Porque o Tempo não existe.


V de Violino



Não há droga que o mesmo cérebro adormeça
No exato mesmo instante em que o excita!
E é tudo, em suma, o que essa mente aflita
Sabe sobre o ressoar em minha cabeça..

Que não seja do reconforto e da euforia
Minha pobre indicação versada em fato!
É tão mais do que um prazer sensato...
Essa concretizada realidade acontecia

Desde quando ouvi pela primeira
À desconcertada última distante
A vez em que ouvi do meu Amante

Inacreditável ressoar, como um chamado.
Tornava o Mundo todo imaterializado...
Então amei! Esse Instrumento, essa Fronteira!



(Permita-me sugerir como companheira deste soneto muito amoroso
A música 1 - "Knives and Bullets", From The Motion Picture V of Vendetta
)
Sim, claro, todos os textos são registrados na Biblioteca Nacional - RJ.

________________________________________________________________________________




Esse "Cartão de Natal" de 2008 é para minha Amiga Oculta do site de Exscritores, rsrs, eu precisava dessa foto em algum local na net, então... É isso.


KUSURI - Luz no Início

18/06/08 - Quando hoje se comemora uma data nipônica, dizendo sobre o esforço de tantos para uma existência melhor, eu lembro de uma mulher cuja voz não foi ouvida.
Em nenhum lugar no Tempo.

Kusuri®

"Um velho. Três possíveis filhos homens.
O mais novo me viu. Nada. Nossos olhares não falaram.
E fui carregar um grande cesto de cordas.
Mas o que se pensou de aproveitável...
... Quando olhamos para trás e nos olhamos ao mesmo tempo...
... Longamente?

Os cestos já não eram tão pesados.
Minha consciência. Minha ferocidade para o combate.

Tudo o que eu deveria me tornar morreu no mercado de Shitamachi".
(...)
"Eu lembrava do acampamento da infância. [Um] sonho enevoado. Apagando os rostos dos que me criaram. Meu nome original. Minha cidade. Minha ilha. De qual ilha eu seria? Eu era tudo o que o Sensei ensinava naquela fazenda. Pensar além disso era terrivelmente inútil. Não tive ancestrais para quem rezar! Como era POSSÍVEL que fosse tão irremediavelmente inútil pensar na minha linhagem, minha verdadeira família, estariam todos vivos, estariam ainda algumas vezes pensando em mim, eu teria irmãos?!

Meu primeiro teste era naquela noite.
Eu teria que ser a “flor mortal” da qual Yoko tanto falava
."
(...)
"Na saída, oito alunos, de surpresa, me testaram. E quando, mais tarde, subi no muro da grande casa, já então meio apagada, senti minha dolorida perna esquerda avisando ser pura parte do treinamento. Mas ninguém precisava saber dela, nem o Sensei, nem a Primeira Kunoichi, nem o meu alvo, nem eu.
Não era a dor o real incômodo.
Era a melancolia. Até estar nos seus braços de novo.
(...)
Me certifiquei de que não haveriam testemunhas no momento.
Todos dormindo.
A sombra. Sua mão segurando uma katana que talvez não o salvasse. Não sei quanto tempo fiquei sentada
no chão, invasora no frio chão patrimônio dele, a poucos passos do meu alvo. Sempre morou dentro de mim a idéia do erro em se eliminar um alvo sem que ele tivesse a chance de reagir. De onde viria aquela e outras idéias mais firmes e frias em mim que o chão por onde piso?"